Grandes Escritores Brasileiros – Mário de Andrade

Mário Raul de Morais Andrade nasceu na cidade de São Paulo em 09/10/1893, filho de Maria Luisa e de Carlos Augusto de Andrade, que era de origem humilde e ascendeu socialmente através do próprio esforço. Faleceu na cidade de nascimento em 25/02/1945. Teve intensa atividade cultural durante toda a vida: foi diretor do Departamento Municipal de Cultura, em São Paulo, e do Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal (então localizado no Rio de Janeiro)
Além de poeta e escritor, foi musicólogo, folclorista e conferencista, estreou em 1917 com o livro de versos sob o pseudônimo de Mário Sobral "Há uma gota de sangue em Cada Poema". Liberta-se, porém, das primitivas influências com os versos que iriam compor a "Paulicéia Desvairada", escritos numa noite em 1920.


Durante seu tempo de vida, Mário criou vínculos fortes com outros nomes do país, se correspondendo freqüentemente com grandes artistas brasileiros, dentre quais se destacam Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Fernando Sabino e Augusto Meyer, e veio a falecer em 1945 na mesma cidade em que nasceu. Após três décadas de trabalho que desempenhou em estilo vanguarda.
Suas principais obras são os livros de poemas Paulicéia desvairada, O losango cáqui, Clã do jabuti, Remate de males, Poesias, Lira paulistana seguida d?O carro da Miséria, Poesias completas; a prosa de ficção de Primeiro andar (contos), Amar, verbo intransitivo (romance), Macunaíma (rapsódia), Os contos de Belazarte e Contos novos. Sobre crítica literária, Mário publicou A escrava que não é Isaura, Aspectos da literatura brasileira e O empalhador de passarinho, entre outros. A esses títulos se somam muitos outros: crônicas, estudos sobre música e folclore brasileiros, história da arte, além de uma vastíssima correspondência e o livro de poemas?Imaturos? Há uma gota de sangue em cada poema.
Bibliografia:
- Há uma gota de sangue em cada poema, 1917
- Paulicéia desvairada, 1922
- A escrava que não é Isaura, 1925
- Losango cáqui, 1926
- Primeiro andar, 1926
- A clã do jabuti, 1927
- Amar, verbo intransitivo, 1927
- Ensaios sobra a música brasileira, 1928
- Macunaíma, 1928
- Compêndio da história da música, 1929 (reescrito como Pequena história da música brasileira, 1942)
- Modinhas imperiais, 1930
- Remate de males, 1930
- Música, doce música, 1933
- Belasarte, 1934
- O Aleijadinho de Álvares de Azevedo, 1935
- Lasar  Segall, 1935
- Música do Brasil, 1941
- Poesias, 1941
- O movimento modernista, 1942
- O baile das quatro artes, 1943
- Os filhos da Candinha, 1943
- Aspectos da literatura brasileira 1943 (alguns dos seus mais férteis estudos literários estão aqui reunidos)
- O empalhador de passarinhos, 1944
- Lira paulistana, 1945
- O carro da miséria, 1947
- Contos novos, 1947
- O banquete, 1978
- Será o Benedito!, 1992

Antologias:
- Obras completas, publicação iniciada em 1944, pela Livraria Martins Editora, de São Paulo, compreendendo 20 volumes.
- Poesias completas, 1955
- Poesias completas, editora Martins - São Paulo, 1972
Homenagens:
- Foi escolhido como Patrono da Cadeira n. 40 da Academia Brasileira de Música.
Neste post trazemos para vocês uma obra de Mário de Andrade, que causou muita polemica na época de sua edição, “Amar, Verbo Intransitivo”.

Resumo do livro:
Em Amar, Verbo Intransitivo o autor mostra a iniciação sexual e amorosa do jovem Carlos. Seu pai, Felisberto Sousa e Costa, contrata Elza (quase sempre chamada de "Fräulein") para fazer essa iniciação. Ela ensina alemão a Carlos e suas três irmãs menores enquanto vai, lentamente, o seduzindo. Os dois começam um caso (Laura, mãe de Carlos, fica chocada quando descobre e pede para Elza ir, mas Sousa e Costa explica a situação) que, não sendo tórrido, ainda é sexual; mas tem um tom de quase incesto, já que Fräulein é quase maternal com Carlos. O pai do jovem prepara-se para separá-los como inicialmente planejado quando Fräulein engravida e acaba saindo, após paga os oito contos combinados, acabando a primeira parte do romance, chamada Idílio. A segunda parte, sem nome (Idílio é na verdade o subtítulo do romance) mostra Carlos mais amadurecido, enquanto Fräulein já tem um novo menino sob instrução.
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Fontes:  Netsaber / Releituras

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