Big Boy “O inicio de tudo”

Sim galera este é o cara!
Big Boy, pseudônimo de Newton Alvarenga Duarte (1 de junho de 1943 - São Paulo, 7 de março de 1977), foi o mais importante disc jockey de sua época, responsável por uma verdadeira revolução no rádio brasileiro.
Como locutor, introduziu uma linguagem jovem, mais próxima do público que o ouvia. Seu "hello crazy people!", a maneira irreverente como saudava os ouvintes, tornou-se marca registrada de um estilo próprio, descontraído, diferente da voz empostada dos locutores de então. Como programador, demonstrou extrema sensibilidade ao captar o gosto do público, observando as tendências musicais ao redor do mundo e inovando a partir de idéias que modificariam todo um sistema de programação estabelecido. Uma de suas grandes influências foi o grande DJ americano Wolfman Jack.

Grandes escritores brasileiros - Oswaldo França Júnior

Oswaldo França Júnior nasceu na cidade do Serro, Minas Gerais, em 21 de julho de 1936. Tinha uma grande paixão por veículos de duas rodas e escreveu o primeiro conto, ainda muito jovem, com o intuito de conseguir dinheiro para comprar uma motocicleta. Desde criança queria ser aviador e em 1953 ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, de Barbacena, onde esteve durante três anos. Em 1956 entrou para o Curso de Formação de Oficial Aviador no Rio de Janeiro, onde também se casou e teve o primeiro filho.

Circulo do amor

 

A flor
Cresce e encanta
O amor
Quanto mais forte
A Dor
É sua última parte

Mais sempre se cura
Novamente vem

Outra flor
Crescendo, encantando
Outro amor
Edificando fortemente
Outra dor
Eriçando a gente

Logo se cura
Logo se apura
Outra flor
Outro amor
Outra dor vem
Neste círculo do amor
Vive quem
Ama e sofre por alguém

Autor: Maurício Silva

Fonte da imagem: Gerd Altmann / pixelio.de

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Presente ao oceano

 

Alvorada chegando
Suprema e macia
Chamou o vento,
O sol, as nuvens,
As gaivotas, as colinas,
A areia por fim o céu
Para presentearem o oceano
Por ser fim de ano

O vento foi contra o oceano
Calmamente o fez bramir
O sol com seu calor insano
Sorridente o fez luzir

As nuvens alvas encaracoladas
O floriu ao longe multicor
As gaivotas lindas embaralhadas
Pareciam borboletas rodeando a flor

Ao seu redor as colinas junto à clara areia
Tornou o cenário pequeno
Formando uma fascinante fronteira
Entre o oceano e o céu azul sereno

O oceano então cordialmente
Sentindo-se cintilante
Com maravilhoso presente
Deu um suspiro flagrante
Esplendoroso e ardente
Agradecendo aos amigos
Por aquele belo horizonte

Autor: Maurício Silva

Foto: © Goodolga | Dreamstime.com

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Menina Morena

 

Ela é a flor
Ela é o amor
Ela é a flor
Que desabrochou

Menina morena
Com saudade estou
Da boca Risonha
Que já me ninou

Ela é a estrela
Ela é a chama
Ela é a estrela
Que só me acanha

Menina morena
Com desejo estou
De abraçar a sirena
Que me Conquistou.

Autor: Maurício Silva

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Povo de Bombaim

 

Descobre, grita
Ao mundo fala
A mão agita
A cinza embala

O povo canta
Com a voz baixa
Cortando a dor
Que nele encaixa

Não faz por ler
A frase andante
Pois nela ver
Guerra berrante

O povo odeia
A sorte tida
Mais quando ama
Saúda a vida

Se é milagre
Pede com fé
Só Deus quem sabe
O que o povo quer.

Autor: Maurício Silva

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Rude Solidão

 

Solidão, solidão investe.
Sempre em meu peito
Dele a alegria despe
Fazendo-o sangrar

Solidão me traz tristeza
Solidão grande incerteza
Vai-se redimir minha paz?
Ou seguirei sempre incapaz?

 

 

Incapaz de viver
Viver sem sentir
Rude solidão no peito
Voltar a amar, sorrir.

Sem você sei que posso
Então voe bem alto solidão
Ultrapasse sem alarde
As fronteiras do meu coração.

Autor: Maurício silva

IMAGEM:© Marc Asnin/CORBIS SABA

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Não consigo dizer que te amo

 

Digo não digo
Que te amo, que te quero,
Que te adoro e espero
Ver-lhe surgir
Como uma linda pluma
Sufocar-me de amor

Escuto-te e não digo
Amargurado consigo
Abafar dentro do peito
Um fogo bravio
Queimando meu vazio

Mais este amor
Este fogo estuante
Também aprisiona à vontade
De dizer-lhe querida
Que é a paixão da minha vida.

Autor: Maurício silva

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Por fim tudo muda

 

Da poesia vem o frêmito,
O acalanto, o sentimento,
Por fim o meditar

Do mar vem à euforia,
A opulência, a fantasia,
Por fim a calmaria

Do fogo vem à brasa,
A luz, o calor,
Por fim a cinza

De ti veio-me o amor,
O delírio, a paixão,
Por fim a abominação.

Autor: Maurício Silva

Imagem: Anson Liaw

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Grandes Escritores Brasileiros - Henriqueta Lisboa

 

Henriqueta Lisboa nasceu em 15 de julho de 1901 na cidade de Lambari, sul de Minas Gerais.

Fez o curso primário no Grupo Escolar Dr. João Bráulio Júnior, em Lambari, e o curso normal no Colégio Sion de Campanha, onde estudou os clássicos de língua portuguesa e francesa, em 1924 seu pai é eleito deputado federal e a família muda-se para o Rio de Janeiro.Em 1925 publica Fogo fátuo, poemas, em 1929, Enternecimento, poemas.Em 1931 recebe o prêmio de Poesia Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras pelo livro Enternecimento.

Desabafo

Estou completamente perdido nos meus pensamentos
Sinto desejo de ser feliz, de gritar que estou vivo.
Ninguém me ouve
Não tenho amigos

Olho para o céu e pergunto: Por onde anda Deus?
Não tenho nada para acreditar
O céu azul é como um mar calmo
Meus pensamentos voam para além dos mares

Viver é isso?
Viver para que?
Não sei o que é viver!

Histerismo da Humanidade

O mundo um dia ofegante
Irá descer oscilante
No mais profundo, dos profundos.
Reinos negros do oceano
Pelo súbito fim terrestre

Será forçado para sobreviver
Sem poder volver
Se alimentar dos restos
Por ele mesmo deixado

Oh Deus tanta impaciência
Tão pouco censo de vivência
Este mundo obteve

Por isto um dia
Incógnito futuro
Talvez mais duro
Vaticinado outrora
Por vários profetas
Este mundo neurótico terá.

Autor: Maurício silvaIMAGEM: © Roy Morsch/CORBIS

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Deixe que eu a possua

 

Deixe que eu penteie os teus cabelos
Deixe que eu penetre no teu coração
Deixe que eu a ame sem medo da paixão

Deixe que eu numa noite linda lhe acaricie.
Como a areia acaricia as águas do mar
Que vem de longe nela descansar

Pois só assim descobrirei a vida
Transbordarei de risos
Com teu sorriso
Com teu olhar

Esmagarei espinhos
Enfeitarei caminhos
Só pra você passar

Autor: Maurício Silva

Fotografia: Dreamstime

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Não destruamos nosso amor

 

Não nós forcemos a fazermos meu amor
Fazermos coisa ruim a nossa flor
Que um dia plantamos com jeitinho
Crescera nós dando muito Carinho

Nem sonhemos em tocar
Numa simples pétala que for
Pois tocando vamos transbordar
Nossos corações de dor
Nossos corações cultivam profundas raízes
Desta singela, magnifica flor.
Retrato fiel do nosso amor
Fiquemos com nossos fascinantes sonhos
Grande amor, só pode haver engano.
Neste louco e improcedente plano

Um amor tão frondoso
Jamais se recurva ao solo
Por irrisório Frenesi contrario
A Harmonia magnifica desta flor
Cúmplice deste verdadeiro amor

Grande amor ignore este fim
Um amor tão lindo
Não pode acabar assim.

Autor: Maurício Silva

Foto: Zoediak “She love’s me not”

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Grandes Escritores Brasileiros - Mario Quintana

Nosso grande poeta injustiçado

Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro. Mario Quitana

Mario Quintana foi um importante escritor, jornalista e poeta brasileiro. Nasceu na cidade de Alegrete (Rio Grande do Sul) no dia 30 de julho de 1906. Quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês.

Baile das Flores

 

Ei vento, vento fiel.
Sopre-nos, queremos bailar.
Com nossas pétalas coloridas
Iremos à primavera enfeitar

O vento suave, bondoso.
Pusera as flores a soprar
De cá pra lá, de lá pra cá.
Como um bando de andorinhas
Voando cortando o ar

 

As flores sentindo a festa
Cantaram, bailaram em par.

Sussu sopra o vento
Sussu o vento a soprar
Tal qual o zum-zum das abelhas
Ficaram felizes a bailar

Autor: Maurício Silva

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Sonho Com Te

Atravessando a rua vejo-te
Vejo o sinal, vejo a multidão.
Vejo-te seguir
O sinal não abre, vejo-te,
Cada vez mais dos meus olhos sumir.
É quando o mundo para,
A me ver gritar por te não ligo.
O sinal abriu aflito corro até te
Com medo de perder-te.
Oh meu Deus, a alcançar-te,
Sinto que, estou sonhando,
Sonhado com te,
Que a muito adormeceste para o mundo,
Que a muito adormeceste para mim.

Autor: Maurício Silva

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Incertezas

 

Às vezes tenho que te falar
Coisas impróprias pra dizer
Mais ficam as incertezas
Se ocultasse, teria você?

Assim abro meu peito
Penso, volto a você.
Sorrindo ingenuamente
Indiferente o que vai acontecer

Estamos ligados, desligados.
No fundo não tem explicação
Muitas coisas nesta vida
Só reprimem o coração

Sentindo ser levado
Vou levando, levando-te.
Ah, o destino não sei
Só tenho clara visão.
Esta atroz incerteza
Jamais romperá nossa paixão.

AUTOR: Maurício Silva

IMAGEM: © Images.com/Corbis
NOME DO CRIADOR: James Endicott
COLEÇÃO: Images.com (RM)

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Grandes Escritores Brasileiros – Monteiro Lobato

Paulista nascido em 18 de abril de 1882 na cidade de Taubaté.
Jose Bento Renato Monteiro lobato, grande nome da literatura brasileira(contista, ensaísta e tradutor).
Criado em um sítio, Monteiro Lobato foi alfabetizado pela mãe Olímpia Augusta Lobato e depois por um professor particular. Aos sete anos, entrou em um colégio. Nessa idade descobrira os livros de seu avô materno, o Visconde de Tremembé, dono de uma biblioteca imensa no interior da casa. Leu tudo o que havia para crianças em língua portuguesa. Nos primeiros anos de estudante já escrevia pequenos contos para os jornaizinhos das escolas que frequentou.

Não Fique,Vá

O sol não pode deixar de brilhar
Nem a decepção do amor em ti acampar

A água do rio não pode secar
Nem teu amor profundo acabar

O fogo, Um gelo nunca será
Nem teu beijo ardente pode esfriar

Mais se isto acontecer o fim virá
O amor sem amor vale nada
Se isto acontecer não fique, vá
Mesmo sem amor Fecundo
E volte com o maior amor do mundo.

Autor: Maurício Silva

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