Grandes Escritores Brasileiros – Cecília Meireles


Cecília Meireles
Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1901 nascia Cecília Benevides de Carvalho Meireles.Poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira, considerada umas das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa. Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias. Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista.
 
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.
Seu marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972.
Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 
A concessão do Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras, ao seu livro Viagem, em 1939, resultou de animados debates, que tornaram manifesta a alta qualidade de sua poesia.
Publica, em 1939/1940, em Lisboa - Portugal, em capítulos, "Olhinhos de Gato" na revista "Ocidente".
Em 1940, leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas (USA).
Em 1942, torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro (RJ).
Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ).
Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho.
Realiza numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências, em diferentes países, sobre Literatura, Educação e Folclore, em cujos estudos se especializou.
Torna-se sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, Índia, em 1953.
Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com  o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi.
Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962.
No ano seguinte, ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963.
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro. 
Bibliografia:
Batuque, Samba e Macumba, 1935 (ensaio - Portugal)

A Festa das Letras, 1937

Viagem, 1939

Vaga Música, 1942

Mar Absoluto, 1945

Rute e Alberto, 1945

Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1949 (biografia de Rui
Barbosa para crianças)

Retrato Natural, 1949

Problemas de Literatura Infantil, 1950

Amor em Leonoreta, 1952

Doze Noturnos de Holanda & O Aeronauta, 1952

Romanceiro da Inconfidência, 1953

Batuque, 1953

Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955

Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955

Panorama Folclórico de Açores, 1955

Canções, 1956

Giroflê, Giroflá, 1956

Romance de Santa Cecília, 1957

A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957

A Rosa, 1957

Obra Poética,1958

Metal Rosicler, 1960

Poemas Escritos na Índia, 1961

Poemas de Israel, 1963

Antologia Poética, 1963

Solombra, 1963

Ou Isto ou Aquilo, 1964

Escolha o Seu Sonho, 1964

Crônica Trovada da Cidade de Sam Sebastiam no Quarto Centenário da
sua Fundação Pelo Capitam-Mor  Estácio de Saa, 1965

O Menino Atrasado, 1966

Poésie (versão para o francês de Gisele Slensinger Tydel), 1967

Antologia Poética, 1968

Poemas italianos, 1968

Poesias (Ou isto ou aquilo & inéditos), 1969

Flor de Poemas, 1972

Poesias completas, 1973

Elegias, 1974

Flores e Canções, 1979

Poesia Completa, 1994

Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998

Canção da Tarde no Campo, 2001

Episódio humano, 2007

Teatro:

1947 - O jardim

1947 - Ás de ouros
Observação: "O vestido de plumas"; "As sombras do Rio"; "Espelho da ilusão"; "A dama de Iguchi" (texto inspirado no teatro Nô, arte tipicamente japonesa), e "O jogo das sombras" constam como sendo da biografada, mas não são conhecidas.

OUTROS MEIOS:

1947 - Estréia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim Gonçalves. música de Luis Cosme; marionetes, fantoches e sombras feitos pelos alunos do curso de teatro de bonecos.

1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de São Paulo e pela autora (Rio de Janeiro - Brasil)

1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (New York - USA).

1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de Andrade, argumento baseado em trechos de "O Romanceiro da Inconfidência".

Veja o vídeo de um dos mais belos clássicos da poesia brasileira, 'Ou isto ou aquilo' aborda os sonhos e as fantasias do mundo infantil - a casa da avó, os jogos e os brinquedos, os animais e as flores, tudo ganha vida nos poemas de Cecília Meireles.
TCC de pós-graduação de Danielle Lima.
Texto: Cecília Meireles
Animação: Casa de Caju
Áudio: Audiola


Fontes: Itaú Cultural / Wikipédia


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