Especialistas da revista americana TIME listaram dez ditaduras que estão prestes a ruir. Países com tendências de seguirem o exemplo da Tunísia onde Zine Ben Ali ditador de seu país desde 7 de novembro de 1987, quando tomou o poder mediante um golpe de Estado, até 14 de janeiro de 2011. Diante de protestos generalizados da população, e uma perda de confiança por parte dos militares, Ben Ali foi obrigado a renunciar e fugir para a Arábia Saudita.
São elas:
1. Egito (Hosni Mubarak) O presidente do Egito, que há nove dias enfrenta protestos maciços pela sua renúncia, é o primeiro da lista. No poder desde a morte de Anwar Sadat, em 1981, Mubarak governa com mão de ferro o país. A polícia é conhecida pela violência na repressão a opositores. Denúncias de fraude envolveram as últimas eleições e uma mudança no status quo já é inevitável.
2. Iêmen (Ali Abdullah Saleh) No poder há 32 anos, o presidente do Iêmen governa o país mais pobre do Oriente Médio, dividido entre tribos e clãs, que abrigam a franquia da Al-Qaeda na Península Arábica. Após os protestos na Tunísia e no Egito, o país também viu protestos contra o presidente e a corrupção. Saleh, assim como Mubarak, prometeu desistir de concorrer à reeleição.
3. Coreia do Norte (Kim Jong-il) Líder da ditadura mais fechada do mundo, Kim Jong-il indicou seu filho Kim Jong-un, um jovem de 20 e poucos anos para sucedê-lo. Em meio ao impasse sobre o programa nuclear e o conflito com a Coreia do Sul, Pyongyang enfrenta também problemas com a distribuição de comida. A incerteza provocada pela sucessão, dizem analistas, pode provocar um golpe contra a família de Kim.
4. Bielo-Rússia (Alexander Lukashenko) Descrito como ‘o último ditador da Europa’, Lukashenko governa a ex-república soviética da Bielo-Rússia há 16 anos. Após a queda do regime soviético, O bielo-russo evitou um impeachment em 1996 e desde então governa o país com mão de ferro. A imprensa é censurada, e dissidentes, perseguidos. Na última eleição, na qual foi reeleito com 80% dos votos, houve denúncias de fraude generalizada. O país enfrenta sanções da comunidade internacional.
5. Sudão (Omar Hassan al-Bashir) O presidente do Sudão tem um mandado de prisão contra ele emitido pelo tribunal penal de Haia por crimes contra a humanidade cometidos durante o conflito de Darfur, no sul do país. Neste ano, a região optou por se separar do país em um referendo. No norte, Bashir tem enfrentado protestos similares ao do Egito e da Tunísia
6. Irã (Mahmoud Ahmadinejad) Um ano e meio antes da Revolução de Jasmin, os iranianos tomaram as ruas do país na ‘Revolução Verde’ para protestar contra fraudes nas eleições presidenciais do Irã. A reação do regime dos aiatolás foi brutal. A internet foi censurada e os manifestantes perseguidos. Desde os confrontos, Ahmadinejad tem enfrentado uma oposição maior de alguns clérigos do próprio regime.
7. Zimbábue (Robert Mugabe) Único presidente da história do Zimbábue, e no poder desde 1980, Mugabe governa um país onde a inflação é incalculável e o dinheiro já perdeu o valor de face. Após uma crise política em 2008, iniciada após o ditador não reconhecer a derrota em eleições, um acordo de coalizão foi costurado com a oposição.
8. Tajiquistão (Rahmon Emomali) O presidente do Tajiquistão, no poder desde 1992, governa um dos países mais pobres do antigo bloco soviético. Fronteiriço com países conturbados, como o Afeganistão e o Paquistão, o Tajiquistão tem tido problemas nos últimos anos por ser rota de tráfico de ópio e heroína.
9. Arábia Saudita (Abdullah Bin Abdulaziz Bin) No poder desde o início do século XX, a família real saudita governa o país como uma monarquia absolutista, no qual a lei islâmica, a Sharia, é seguida à risca. Um dos principais aliados dos EUA no Oriente Médio, a Arábia Saudita detém 25% das reservas mundiais de petróleo. A presença de radicais islâmicos no território é o maior risco para o regime.
10. Argélia (Abdelaziz Bouteflika) No comando da Argélia desde 1999, quando venceu uma guerra civil contra radicais islâmicos, Bouteflika tem enfrentado severas dificuldades econômicas.
A revista TIME esqueceu apenas de uma ditadura que é difícil de ser declarada como, é a ditadura brasileira da Rede Globo, quando o povo brasileiro acordará para esta cruel ditadura cerebral?