Uma Janela Para o Passado – Fósforos Fiat Luz

Fósfaros

Nesta janela para o passado trazemos um pouco da historia do fósforos e um vídeo de um comercial do inicio dos anos 60 (Fósforos da Fiat Lux) é um dos melhores do gênero, produção da Lynx Film que usou a técnica do “stop motion”, que nada mais é do que uma superposição de fotogramas, quadro a quadro; quando o filme é projetado a 24 fotogramas por segundo temos a ilusão de que os objetos se movimentam. O produtor usou uma mesa, construiu um cenário ( o quartel) com caixas de fósforos das várias marcas comercializadas pela companhia, mas é o trabalho de edição que se destaca no contexto.

Vamos a historia do fósfaros:

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FAZER FOGO JÁ FOI UM DESAFIO AO HOMEM.

Os fósforos de segurança estão de tal maneira integrados na vida do homem que muitas pessoas chegam a duvidar que eles não tenham existido durante muitos séculos. Principalmente porque o conhecimento do fogo e dos seus usos pertence a toda a humanidade, sendo rara a tribo selvagem ignorante por completo a seu respeito.

É inútil perguntar como o homem cedo descobriu que o fogo estava sujeito ao seu controle e até mesmo à sua vontade. A utilização de pedras e sílex para armas e a moldagem delas, pelo polimento das armas, devem ter sido o começo de tudo, sugerindo-lhe os meios de obter e controlar as faíscas.

O método de fricção foi, naturalmente, o mais usado a partir dos primeiros conhecimentos. A ação de um bastão com a ponta rombuda, usada como eixo e colocada no encaixe de uma outra peça de madeira mole, constituiu, provavelmente, o método preferido de fazer fogo. Com o rolar do eixo entre as palmas da mão, a fricção no encaixe faz a madeira se empoeirar um pouco e o calor gerado pela rotação constante produz fogo – é verdade que com grande esforço.

As lentes para obtenção do fogo eram empregadas nos primórdios da humanidade. Foram mencionadas por Aristófanes em “As Nuvens” e estão citadas na lenda, segundo a qual Arquimedes incendiou os navios em Siracusa por meio de lentes. Na China, vidros que produziam fogo vinham sendo usados desde muitos milhares de anos.

O Fogo Difícil

Até 1805, sílex e aço eram de uso universal e, então, o meio mais fácil de fazer fogo. Completavam o processo uma caixa de pavios e uma de palitos sulfurados. As faíscas apareciam pelo contato do aço com o sílex. Então, se houvesse sorte, as faíscas incendiavam o pavio, que era feito de trapos de linho, trançados, contidos em uma caixa de metal. Depois, era necessário soprar o pavio inflamado para aumentar a brasa e, então, a área incandescente era tocada por um pavio sulfurado. Só ao fim de todo esse trabalho se conseguia acender a lamparina ou o candeeiro. Os palitos tinham cerca de 15 centímetros de comprimento, apontados em cada extremidade, que se embebia com enxofre.

O primeiro método simplificado surgiu em 1805, inventado por M. Chancel, de Paris. Consistia em uma pequena garrafa de ácido sulfúrico bem forte, em que se colocava alguns asbestos fibrosos para se embeberem do ácido, a fim de evitar derramamento. Junto com isso havia um suplemento de pequenos palitos de madeira, com cerca de 5 centímetros de comprimento. Uma das extremidades do palito era colocado em enxofre derretido e, em seguida, coberto com uma mistura química composta de clorato de potássio, açúcar em pó e goma-arábica em pó. Por fim, coloriam a extremidade com vermelhão.

Existiam, porém, várias desvantagens nessa invenção. Em primeiro lugar, porque o ácido sulfúrico é liquido muito perigoso para ser transportado daquele modo. Depois, o seu poder de absorção da umidade da atmosfera rapidamente o tornava inútil.

A Chama Fácil img_fosforos02

Em 1827, o químico inglês John Walker, em Stocktonon-Tess, inventou o primeiro fósforo de fricção. Usou como cobertura do palito uma mistura com duas partes de sulfito de antimônio e uma parte de clorato de potássio. A mistura era transformada numa pasta com goma-arábica. Os palitos, após embebidos no enxofre derretido, eram mergulhados de novo nessa mistura. O fósforo rapidamente se inflamava quando puxado entre duas folhas de lixa.

Não se pode dizer que os primeiros fósforos fossem baratos. Segundo uma autoridade que chegou a ver os livros de contabilidade de John Walker, a primeira venda de fósforos foi feita ao Sr. John Hixon, a 7 de abril de 1827: 84 fósforos hidrogenados e sulfurados.

Após o descobrimento dos fósforos de segurança, fase em que se assinala a 30 de outubro de 1844 o registro de uma patente na Suécia, com base na invenção do sueco Gustav Erik Pasch, a industrialização do fósforo rapidamente se espalhou pela Europa. Nos últimos 70 anos não têm havido mudanças fundamentais no tipo de fósforo, mas os aperfeiçoamentos nos processos de produção foram enormes e não param.

No Brasil só são fabricados fósforos de segurança porque o que risca em qualquer lugar é considerado perigoso. No exterior, ambos ainda estão no mercado, assim como um outro que, de início, recebe uma cabeça com massa de fósforo de segurança e, em seguida, por cima da cabeça, uma pequena quantidade de massa de fósforo que permite riscar em qualquer lugar.

No correr dos anos tem havido muito interesse na produção de um fósforo “eterno” e muitas proclamações fantásticas já foram feitas nesse sentido. Entretanto, a verdade é que todos os processos resultaram insatisfatórios porque os fósforos assim criados são difíceis de riscar e, além disso, venenosos.

1. O que é o fósforo?

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A palavra fósforo é proveniente do grego phos, que significa luz e phoros, que significa transportador. Quimicamente falando o fósforo é um elemento de número atômico 15, não metálico, reativo, com diversos compostos importantes. Símbolo: P. É um elemento luminoso no escuro e que arde em contato com o ar.

2. E porque o palito de fósforo tem esse nome?

A cabeça do palito de fósforo é feita de uma massa química, mas não contém fósforo nem pólvora, como muita gente pensa. Esta massa contém um composto químico chamado clorato de potássio, que cede oxigênio facilmente. Na lixa da caixinha de fósforos é que se encontra o elemento químico fósforo. Daí a origem do nome.

3. Como funciona o fósforo? Como ocorre a combustão?

A Combustão ocorre de uma reação gerada pelo atrito do clorato de potássio existente na cabeça do palito contra o elemento químico "fósforo" que está na lixa da caixinha.

4. Qual a madeira utilizada?

Atualmente a Swedish Match utiliza a madeira de choupo e de Pinus. Existe um plano para substituir a curto prazo esta última integralmente por Choupo.

Vamos ao comercial produzido pela Linxfilm e que segundo o produtor Cesar Mêmolo Jr. custou a produtora mais de 30 dias de trabalho.

Fonte: Swedish Match


 
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