Grandes escritores brasileiros - Aluísio Azevedo

Aluisio de Azevedo.JPGQuem foi
 
Romancista, Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em SãoLuís, MA, em 1857 e morreu em Buenos Aires em 1913. Em uma parte da literatura, a linguagem aciona seus mecanismos para criar um mundo verossímil, como se quisesse aproximar-se o máximo possível da intensidade do real manifesto. Nesses casos, em geral, o enredo é conseguido por um entre cruzamento de personagens e adescrição é fundamental para a construção do romance, que deixaem suas páginas uma impressão de verdade. Poucos escritores conseguiram uma vivificação tão grande das sensações, de todo umgrupo social e do ambiente narrado, quanto Aluísio Azevedo,sobretudo em 'O Cortiço', onde demonstra imensa capacidade de abordar o coletivo em sua forma mais efervescente, passional e desconcertante.
Tratando do problema social urbano com suas contradições econômicas, raciais e éticas, interessa-lhe flagrar a engrenagem conflituosa entre o colonizador e o povo mestiço; assim como também motiva esse reformador anticlerical o abrasileiramento dos lusitanos, "toldando-se nos vapores da cachaça e chafurdando-se na mulataria nacional", os dramas íntimos, a hipocrisia do poder e do sacerdócio, o comércio, os festejos populares, o preconceito e a atração entre raças. Era filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo e de d. Emília Amália Pinto de Magalhães e irmão mais moço do comediógrafo Artur Azevedo. Sua mãe havia casado, aos 17 anos, com um rico e ríspido comerciante português. O temperamento brutal do marido determinou o fim do casamento. Emília refugiou-se em casa de amigos, até conhecer o vice-cônsul de Portugal, o jovem viúvo David. Os dois passaram a viver juntos, sem contraírem segundas núpcias, o que à época foi considerado um escândalo na sociedade maranhense. Da infância à adolescência, Aluísio estudou em São Luís e trabalhou como caixeiro e guarda-livros. Desde cedo revelou grande interesse pelo desenho e pela pintura, o que certamente o auxiliou na aquisição da técnica que empregará mais tarde ao caracterizar os personagens de seus romances. Em 1876, embarcou para o Rio de Janeiro, onde já se encontrava o irmão mais velho, Artur. Matriculou-se na Imperial Academia de Belas Artes, hoje Escola Nacional de Belas Artes. Para manter-se, fazia caricaturas para os jornais da época, como O Figaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada. A partir desses "bonecos" que conservava sobre a mesa de trabalho, escrevia cenas de romances. A morte do pai, em 1878, obrigou-o a voltar a São Luís, para tomar conta da família. Ali começou a carreira de escritor, com a publicação, em 1879, do romance Uma lágrima de mulher, típico dramalhão romântico. Ajuda a lançar e colabora com o jornal anticlerical O Pensador, que defendia a abolição da escravatura, enquanto os padres mostravam-se contrários a ela. Em 1881, Aluísio lança O mulato, romance que causou escândalo entre a sociedade maranhense, não só pela crua linguagem naturalista, mas sobretudo pelo assunto de que tratava: o preconceito racial. O romance teve grande sucesso, foi bem recebido na Corte como exemplo de Naturalismo, e Aluísio pôde fazer o caminho de volta para o Rio de Janeiro, embarcando em 7 de setembro de 1881, decidido a ganhar a vida como escritor. Quase todos os jornais da época tinham folhetins, e foi num deles que Aluísio passou a publicar seus romances. A princípio, eram obras menores, escritas apenas para garantir a sobrevivência. Depois, surgiu nova preocupação no universo de Aluísio: a observação e análise dos agrupamentos humanos, a degradação das casas de pensão e sua exploração pelo imigrante, principalmente o português. Dessa preocupação resultariam duas de suas melhores obras: Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890). De 1882 a 1895 escreveu sem interrupção romances, contos e crônicas, além de peças de teatro em colaboração com Artur de Azevedo e Emílio Rouède.
Neste post trazemos para você "A mortalha de Alzira" é o oitavo romance de Aluísio Azevedo.
Veja a Sinopse do romance
Fontes: Shvoong / Portalsaofrancisco
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