Eu sou um rio,
Eu sou um mar,
Sou um delírio
Não sei amar
Ó vida
Ó destino
Me jogue
Me corte
Me queime
Me mate
Não deixe-me ficar
Não deixe-me esperar
A libertação da represa,
Pra eu cantar de lado,
De frente a correnteza
Ó cruel vida
É chegado meu fim,
Atenda-me
Diga-me sim
Pois não aguento,
Mais ver o nascer
Sinto ódio do crescer
Idem de viver
Vida lhe imploro
Pise, enforque-me
Queime minha ferida
Até a morte vida.
Autor:Maurício Silva
Foto:Caetano J.:http://www.flickr.com/photos/cahethel/