A dor realça clara,
prá no escuro me banir.
Medonha e repentina,
como felina vai me ingerir.
Achará no meu coração,
um imenso corte à sangrar.
Que aquele cruel facão,
deixou ao me abandonar.
Sem negro rubro,
sem manta branca,
sem rumo certo,
sem prece santa.
O sangue fervido,
na pele fria,
segue deitado
não tem harmonia.
Ninguém quer lamentar,
no caixão da morte viva.
Sem querer fico só a chorar,
o velório da minha vida
Sei que num túmulo rasgado,
esta rude dor vai me jogar.
Enterrado e pisado,
no chão terei que ficar.
Título:Filosofia trágica
Autor:Maurício silva